Segundo
delegado, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, matou os pais, a
avó e a tia-avó e, antes de se matar, foi para a escola de carro
Alex Silva/AE
"Enterro foi realizado na tarde desta terça-feira"
Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil e evidências levantadas
na cena do crime apontam que o estudante Marcelo Eduardo Bovo
Pesseghini, de 13 anos, matou quatro pessoas da sua família e depois se
suicidou. "Tudo indica que foi uma tragédia familiar", disse o delegado
Itagiba Franco, diretor da Divisão de Homicídios da Polícia Civil
(DHPP), na tarde desta terça-feira, 6.
Os corpos de Marcelo, de seus pais - Luiz Marcelo Pesseghini, de
40 anos, e Andreia Regina Bovo Pesseghini, de 36 -, e de Benedita de
Oliveira Bovo, de 65, sua avó, e Bernardete Oliveira Silva, de 55,
tia-avó foram encontrados na tarde de segunda-feira, 5, na casa da
família na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo.
Um dos
principais testemunhos foi dado nesta terça pelo melhor amigo de
Marcelo, um jovem de 13 anos que estudava na mesma classe que ele e teve
a identidade preservada. Segundo a testemunha, Marcelo havia dito que
tinha o desejo de fugir de casa e que tinha o sonho de ser matador de
aluguel. Ele tinha os planos de matar os pais durante a noite e morar em
um lugar desconhecido. Segundo o colega, Marcelo havia dito isso várias
vezes e repetido recentemente, antes da tragédia.
Uma das
professoras de Marcelo também disse, em depoimento, que ele havia
perguntado se ela já tinha dirigido quando criança e se já tinha feito
algum mal aos pais. Outra professora disse que Marcelo teria dito que
havia dirigido um buggy.
Na cena do crime, Luiz foi morto de
bruços, enquanto dormia; Andreia estava de joelhos com a cabeça pra
frente, enquanto Benedita e Bernadete também estavam em uma posição de
quem está dormindo, segundo a polícia. Marcelo estava caído em cima da
arma que provocou as mortes. Além disso, ele segurava a arma com a mão
esquerda. Apesar de um parente afirmar que ele era destro, o delegado
Itagiba disse que, após ouvir as testemunhas, não havia dúvida de que o
adolescente era canhoto.
A polícia acredita que Marcelo matou os
pais e, depois, foi pra escola de carro - o corsa Classic da família
havia sumido e foi encontrado em frente à escola. A chave também tinha
desaparecido, mas, nesta terça-feira, a polícia afirmou que encontrou a
chave no bolso de uma jaqueta do menino.msn