Pressionados por manifestantes, presidência da câmara afirma que haverá discussão popular antes da votação. Sarandi On line
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A sessão legislativa de hoje (15) atraiu o interesse maior de lideranças e empresários da cidade de que em outras oportunidades. A reunião dos edis, como de praxe, foi relâmpago com menos de uma hora de duração, mas dezenas de pessoas foram até câmara de vereadores para pedir ao presidente da casa que o projeto de lei que visa aumentar o zoneamento urbano da cidade, conhecido como “nova Sarandi”, seja amplamente discutido com a comunidade antes de ir à votação.
Integrantes de partidos políticos, sindicatos, associações comunitárias e do Fórum Popular de Sarandi conseguiram que os vereadores Rafael do povão atual presidente da câmara e de Belmiro barbeiro, presidente eleito da casa para o próximo biênio, se comprometessem em não votar o polêmico projeto em 2014. “Avalio que é foi uma vitória do movimento conseguir o compromisso dos vereadores de não votar o projeto este ano, sem discussão e em sessões extraordinárias, mas temos que estar alerta, já que em outros momentos acordos como esses não foram cumpridos num passado não muito distante”, alertou Nilson Nascimento, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sarandi (SISMUS).
O ex-candidato a governador do estado Rodrigo Tomazini (PSTU) também avaliou a manifestação de forma positiva, mas ressaltou a importância de mobilizar a sociedade em torno do assunto. “Tivemos uma participação maior hoje, mas temos que reconhecer que se não aumentarmos o número de pessoas nas manifestações, eles podem tratorar a discussão e aprovar o projeto.”
Um grupo de discussão chamado “Vigília Permanente contra o Projeto Nova Sarandi” foi criado no facebook para trocar informações e manter o grupo mobilizado.
A “nova Sarandi” é um audacioso projeto de expansão da área urbana da zona sul da cidade. Concebido para atrair moradores de auto poder aquisitivo, grandes empreendimentos e com um planejamento urbano arrojado, o projeto chama a atenção do poderoso setor imobiliário maringaense e recebe a oposição de setores da comunidade que não concordam em criar um área nobre no município sem antes resolver os graves problemas urbanos que assolam milhares de moradores da “velha” Sarandi.
Fonte: Redação