Documentos apreendidos pela Polícia Federal, divulgados por Fernando Rodrigues, do Uol, listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. Os dados podem os mais preciosos já obtidos pela Operação Lava Jato, por aparentarem ser a movimentação paralela da construtora. A descoberta e revelada ontem (22) pela força-tarefa a Operação Lava Jato. As planilhas são repletas de detalhes, mas não podem ser automaticamente considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os políticos, porque repasses paralelos podem estar misturados com regularizados nas listas. Os três pré-candidatos a prefeito de Curitiba, o atual prefeito Gustavo Fruet (PDT), Ratinho Junor (PSD) e o deputado Luciano Ducci (PSB) aparecem nas listas. A deputado federal Marcia Lopes (PT), o diretor da Itaipu Jorge Samek — ambos candidatos à prefeitura de Foz — e o governador Beto Richa, além de do deputado federal Ricardo Barros (PP) também são citados nos documentos. O PT do Paraná também aparece como beneficiado.
A assessoria da Prefeitura de Curitiba afirma que não recebeu doações da Odebrecht na campanha de 2012. A assessoria também enfatiza que a construtora não tem contratos com a Prefeitura de Curitiba nesta gestão.
Beto Richa aparece como beneficiário de R$ 200 mil em 24 de setembro de 2010.
Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ''. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22.fev.2016.
Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só foram divulgados públicos ontem (22) pelo juiz federal Sérgio Moro, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato.
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