(Foi retomado nesta terça-feira a partir das 9h (horário de Viena - 5h. em Brasília) o julgamento de Josef Fritzl, 73 de idade, acusado de estuprar sistematicamente e manter a filha por 24 anos no porão de casa, na Áustria. O júri vai ver e ouvir hoje o depoimento da filha Elisabeth Fritzl sobre sua vida no porão, onde foi encarcerada quando tinha 18 anos e deu à luz sete filhos do próprio pai.
Foram aproximadamente 3 mil estupros ao longo de 24 anos de cativeiro, grande parte deles em frente aos próprios filhos. O número chocante, revelado pela promotora Christiane Burkheiser, marcou ontem (16) o primeiro dia do julgamento do chamado “monstro de Amstetten”. O veredicto sairá até quinta-feira, e Fritzl deve ser condenado a uma pena entre 15 anos de cadeia e prisão perpétua - segundo a avaliação de advogados austríacos.
Ontem, no tribunal na cidade de Sankt-Pölten, próxima de Amstetten, Fritzl se declarou "culpado dos crimes de estupro, incesto, cárcere privado e coerção". Porém, se disse inocente das outras duas acusações, escravidão e homicídio – ele é suspeito de responsabilidade na morte de um dos filhos que teve com Elisabeth, Michael, em 1996.
O menino morreu poucos dias depois do nascimento, supostamente porque o austríaco não permitiu que recebesse atendimento médico. O corpo teria sido incinerado pelo pai-avô.
Fritzl tentou evitar fotografias ao chegar ontem ao tribunal – cobriu o rosto com uma pasta azul. Com voz entrecortada e quase inaudível para a audiência, ele respondeu a perguntas sobre sua infância e carreira, contando que "mal conheceu o pai" e que "havia sofrido maus-tratos por parte da mãe".
A promotora Christiane Burkheiser, na réplica, revelou que o réu, durante os primeiros anos de aprisionamento, sequer falava com a filha e apenas descia ao porão para estuprá-la. Ela também o acusou de, em uma oportunidade, cortar a eletricidade do porão para punir Elisabeth.
A imprensa austríaca destacou hoje a "covardia" do acusado, que entrou na sala do julgamento com a cara tapada com uma pasta azul, onde guardava seus documentos. Em entrevista à televisão pública austríaca ORF, o advogado de defesa Rudolf Mayer explicou que seu cliente "estava muito nervoso e muito envergonhado" com a presença da imprensa, e por isso decidiu esconder o rosto.
Apesar de saber que "grande parte dos atos de Fritzl são disformes", o advogado insistiu que seu objetivo é conseguir um veredicto sem preconceitos.
Um comentário:
Esses caras de idade que pegam menininhas é complicado né, hilário, zé luiz.
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