Jornal O Repórter Regional

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sábado, 25 de abril de 2009

Namorada grávida era na verdade um travesti

Um jovem de 19 anos descobriu que a namorada, que supostamente estaria grávida de cinco meses, era na realidade um travesti.

Tudo ocorreu em um pequeno município de Santa Catarina e foi constatado, por acaso, após uma investigação realizada pela polícia, causando entre outras coisas a internação hospitalar do namorado em estado de choque.

O caso começou a ser desvendado depois que a suposta grávida - acompanhada da mãe do namorado - registrou queixa contra uma agressão sofrida do padrasto.

Nora e sogra apareceram na delegacia, mas o nome fornecido da garota, por ela própria, não constava nos registros centralizados de pessoas no Instituto de Identificação catarinense.

A jovem tinha barriga de grávida, aparentava enjoos e, assim, inicialmente não passou pela cabeça dos policiais que a garota fosse biologicamente um homem.

Os policiais começaram a ir a fundo no caso por desconfiar que a jovem, que dizia chamar-se de ´Bruna´, pudesse ser fugitiva da Justiça.

Pelo uso de material datiloscópico, um inspetor constatou que a grávida era, na verdade, Reinaldo. Desmascarado, o travesti chegou a fornecer detalhes de como conseguiu se passar por mulher por seis meses para o companheiro: "só mantinham relações sexuais com as luzes apagadas e o rapaz era proibido de tocar o depoente" - registra o termo de declarações.

Após a descoberta, os dois se separaram. O rapaz, que chegou a ficar internado depois do susto, passa bem, mas evitou comentar o caso com a imprensa. A jovem ´Bruna´ deixou a cidade.

"Como Reinaldo - que se fazia passar por ´Bruna´ - não usou documento falso, não abrimos nenhum tipo de procedimento de falsidade ideológica na delegacia, mas submetemos a Vossa Excelência a decisão de prosseguir no inquérito por uso desnecessário da estrutura policial, com custos afinal desnecessários suportados pelo Estado" - escreveu o delegado no relatório.

Esclareceu também que a agressão que Reinaldo (ou ´Bruna´?) sofrera do padrasto não teria passado de uns tapas.

O juiz da pequena comarca foi econômico nas palavras usadas na decisão: "eventual dano moral a que o ´sofrido´ rapaz possa ter sido submetido por obra da fantasia criada por Reinaldo (ou ´Bruna´?) deverá ser entre eles resolvido, se for o caso, na órbita do Direito Civil".

E concluiu: "arquive-se, pois"!

Assim foi feito.

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