O IGP (Instituto Geral de Perícias) de Santa Catarina vai utilizar um programa de computador para tentar descobrir se uma menina de sete anos encontrada morta dentro de um micro-ondas, no último domingo (13), conseguiria entrar sozinha no equipamento.
O caso aconteceu em uma casa da zona rural de São José, município da região metropolitana de Florianópolis. A criança, Terezinha Aparecida dos Santos, não tinha sinais de agressão, o que reforça a hipótese inicial divulgada pela Polícia Civil de Santa Catarina de que a morte foi uma fatalidade, e não homicídio.
A causa da morte ainda não foi confirmada, mas os indícios apontam que ela sofreu falta de ar.
Para ajudar a esclarecer o caso, o gerente do instituto de perícias, André de Farias, diz que vai utilizar o programa Autocad, software para desenho de projetos arquitetônicos, para simular, com imagens em 3D, a entrada da menina no aparelho. O corpo da criança já foi enterrado.
O eletrodoméstico está nas mãos do perito para análise. De acordo com Farias, o micro-ondas é um modelo antigo, com "um volume maior" do que os convencionais.
O laudo com as medidas exatas da criança ainda seria encaminhado pelo IML (Instituto Médico Legal) ao IGP. "A informação que temos é que ela teria 1,10m", disse Farias.
O micro-ondas estava inutilizado e era usado pela criança e suas irmãs para brincadeiras em uma casa de bonecas.
As irmãs de Terezinha ainda devem ser ouvidas pela polícia, com ajuda de psicólogos. Os pais, que podem ser indiciados por suposta negligência, ainda seriam ouvidos pela polícia.
Os peritos do IGP devem finalizar o laudo sobre o caso até a próxima quarta-feira.
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