Jornal O Repórter Regional

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Tatuador aparece morto, crime ou suicidio?

A morte do tatuador Fernando Justino, 24 anos, intriga a Polícia Civil de Sarandi, ele foi encontrado morto, na madrugada d e hoje, no interior de sua residência localizada no Jardim Independência. O corpo, completamente despido e deitado sobre um colchão disposto no chão, apresentava uma perfuração transfixante de tiro atrás da orelha direita.A porta da casa estav só encostada.

Segundo a polícia, além do ferimento na cabeça, a vítima também tinha ambas as pernas riscadas com lâminas de facão, como se tivesse sido torturada. Um facão bastante afiado – modelo comumente utilizado para abrir trilhas –, com manchas de sangue, estava jogado próximo ao colchão.No imovel de apenas dois cômodos – policiais encontraram um revólver calibre .32 desmuniciado, guardado dentro de uma sacola de roupas.

A polícia descartou o uso da arma, uma vez que o ferimento teria sido causado por um revólver calibre .38. O projétil, no entanto, não foi localizado. As investigações iniciais revelaram que o tatuador, que que morava sozinho, teria morrido entre meia-noite e 2 horas da madrugada. Vizinhos contaram que três rapazes teriam estado na casa na noite de ontem quinta-feira ) e participado de um churrasco promovido pela vítima.

Identificados e convocados a depor, os rapazes confirmaram ter estado na casa, mas negaram ter ocorrido qualquer tipo de discussão durante o churrasco. O caso ganhou novos rumos depois da mãe da vítima, a dona de casa Maria Rita da Silva Justino, 46 anos, afirmar que o filho poderia ter cometido suicídio. Embora sem saber justificar a motivação para suicídio, ela contou que o filho não tinha inimigos nem teria recebido ameaças de morte.

Apesar das declarações apontarem para suicídio, a hipótese de homicídio não foi descartada pela Polícia Civil. “A ausência da arma e do projétil, a disposição do ferimento e outros detalhes da cena do crime não podem ser ignorados”, afirmou o investigador Carlos de Oliveira. O fato da porta ter sido encontrada encostada leva a polícia a supor que alguém poderia ter entrado na casa, antes da chegada dos investigadores, e furtado a arma.

A reportagem apurou que Justino tinha antecedente criminal por tentativa de homicídio, crime ocorrido em abril passado no Distrito de Iguatemi, município de Maringá.

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