Jornal O Repórter Regional

Jornal  O Repórter Regional

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Metade dos nascidos agora em países ricos viverá cem anos, diz estudo

Metade dos nascidos agora em países ricos viverá cem anos, diz estudo


Mais da metade das crianças nascidas no século 21 nos países desenvolvidos superará a barreira dos cem anos, caso a evolução da expectativa de vida continue aumentando na mesma proporção atual.

Em estudo publicado pela revista científica "The Lancet", a equipe dirigida pelo professor Kaare Christensen, do Centro de Pesquisa Dinamarquês do Envelhecimento, afirma que os nascidos a partir de 2000 não só viverão mais, mas terão menos problemas físicos.

"Vidas muito longas não são o privilégio distante de gerações futuras remotas, vidas muito longas são o destino provável da maioria das pessoas vivas hoje em países desenvolvidos", disse Christensen.

Durante o século 20, a expectativa de vida nos países ricos aumentou em três décadas e, se a tendência se mantiver, em breve a maior parte da população viverá mais de cem anos, já que não existem sinais de arrefecimento desde 1840.

Os autores do estudo questionam também a crença habitual de que os idosos de 85 anos só vivem graças a um enorme custo econômico derivado da ajuda médica que recebem, e destacam que a longevidade excepcional não tem razão para estar relacionada com um nível de incapacidade elevado.

O relatório usou a Alemanha como um estudo de caso e mostrou que, em 2050, sua população será substancialmente mais velha e menor do que agora --uma situação que é típica de nações ricas.

Isto pode significar que uma menor força de trabalho nos países ricos terá de assumir um peso cada vez maior de sustentar pensões e sistemas de saúde para os mais velhos. Muitos governos em países desenvolvidos já estão fazendo movimentos para aumentar a idade normal de aposentadoria para tentar lidar com o envelhecimento da população.

Os cientistas apresentam o que chamam de "provas preliminares" de que ampliar a vida laboral --o que aparece como opção em um futuro próximo para garantir a sustentabilidade do sistema de pensões-- pode ser beneficente para a saúde com algumas pequenas mudanças.

"Se as pessoas de 60 anos ou até as de 70 trabalharem mais tempo do que fazem atualmente, a maioria das pessoas poderia trabalhar menos horas por semana. Há evidências que indicam que com uma menor carga semanal, mas com uma vida laboral mais longa, seria possível aumentar a expectativa de vida e melhorar a saúde da população", explicam

Nenhum comentário: