Jornal O Repórter Regional

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Coisa de louco

Completamente transtornado, o construtor Ilson Aparecido Santos, 35 anos, ateou fogo e explodiu a casa onde a esposa e o filho de 17 anos de idade residiam. O fato aconteceu no início da tarde desta quinta-feira (14) na zona norte de Maringá e mobilizou um grande efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Santos conseguiu escapar com vida, mas sofreu queimaduras leves no rosto, além de uma crise de hipoglicemia, já que teria tentado se matar injetando doses maciças de insulina em sua barriga.

O incidente teve início por volta das 5 horas da madrugada, depois de Santos invadir a residência, situada na Rua José Miranda Santana Lima, 151, no Jardim Diamante, e expulsar a mulher e o filho. Familiares contaram à polícia que Santos – que seria portador de transtorno bipolar – estaria transtornado com a recusa da esposa em reatar o casamento, desfeito no dia anterior. Após horas de espera, a esposa, Veroni Alves dos Santos, 33 anos, decidiu acionar a Polícia Militar.

Antecipando-se a uma provável invasão à residência, Santos posicionou um botijão de gás e sua motocicleta no meio da sala de estar. Após liberar o fluxo de gás do botijão e encharcar móveis e cortinas com o combustível retirado da moto, ele avisou – aos gritos – que explodiria a casa caso alguém tentasse invadir. Diante do impasse, os policiais pediram reforço e solicitaram a presença do Corpo de Bombeiros, que deslocou três equipes ao local. Após a chegada de reforço, Santos armou-se com um espeto de churrasco e trancou-se num quarto, onde passou a injetar doces maciças de insulina na barriga.

Diante da recusa de Santos em se render, a polícia conseguiu lançar gás de pimenta dentro do quarto, mas mesmo assim não obteve êxito. Diante do iminente risco de explosão, outros policiais se posicionavam no quintal portando armas municiadas com balas de borracha. Diante da falta de diálogo, um irmão e a cunhada de Santos decidiram entrar na casa para tentar um diálogo, mas a tentativa acabou irritando o construtor, que riscou um fósforo e o lançou contra a mobília encharcada de gasolina. Tomada por gases altamente inflamáveis, a casa explodiu e foi imediatamente tomada pelo fogo.

Mesmo sendo queimado vivo, Santos ainda reagiu contra os policiais e bombeiros que entraram no imóvel para salvá-lo, atacando-os com o espeto. Com muito custo ele foi dominado e imobilizado antes de ser colocado numa viatura do resgate. O construtor foi encaminhado, com queimaduras no rosto e sintomas de hipoglicemia, ao Hospital Municipal. De acordo com a PM, além dos curativos e medicamentos para controle da dosagem de açúcar no sangue, Santos deveria passar por uma análise psiquiátrica antes de ser encaminhado à 9ª Subdivisão Policial (SDP). A polícia confirmou que o imóvel ficou completamente destruído. Fonte Roberto Silva- O Diário do Norte

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