Jornal O Repórter Regional

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sábado, 23 de janeiro de 2010

Solidariedade leva casa própria a 650 famílias carentes de Maringá

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Desde os anos 70, o trabalho voluntário e o suporte financeiro de instituições filantrópicas e da comunidade permitiram que quase 650 famílias comprassem a casa própria em Maringá ou nos municípios vizinhos. Esse número é um dos motivos de orgulho para todos que trabalham ou colaboram no projeto “Restauração do vínculo familiar e socioeducação”, do Núcleo Social Papa João XXIII, em Maringá, cuja premissa não é a do assistencialismo, mas a de ajudar a realizar o sonho que parece tão distante das famílias carentes.

O projeto funciona ao redor da sede do Núcleo, próximo ao Jardim Tropical. Naquela região estão as 70 casas populares, todas com 60 m2, onde as famílias que entram para o projeto ficam abrigadas por cinco anos. Durante esse período, não há aluguel, mas toda família é obrigada a depositar, no mínimo, R$ 250, por mês, em uma poupança aberta pelo Núcleo. Ao fim dos cinco anos, o dinheiro é devolvido corrigido e em parcelas para que os beneficiados deem ao menos a entrada na compra de uma casa.

A vice-presidente do Núcleo, Loretti Hoffmann, conta que, em 1975, as 70 casas eram de madeira. Com os anos, os imóveis foram reconstruídos em alvenaria - 48 foram concluídas desde 1995. Nesse trabalho, entidades e a comunidade ajudam com dinheiro. Só o Rotary Club Maringá Colombo reconstruiu 19 casas, além de uma marcenaria. As duas mais recentes foram entregues no dia 21 de novembro. “O bom do projeto é que é rotativo, ajudando muitas pessoas”, comenta o coordenador do projeto e presidente da Comissão da Fundação Rotária, Odair Herrerias Lopes.

Processo
“Quando a família entra para o projeto, assina um contrato, no qual se compromete a depositar o dinheiro e a comprar uma casa, terreno ou materiais de construção ao fim de cinco anos”, explica Loretti. Ela acrescenta que, caso a família não consiga reservar R$ 250 para a poupança, é necessário procurar um padrinho, para o que valor seja completado. Para participar do projeto, as famílias precisam ser de baixa renda e ter crianças pequenas. Uma triagem é feita antes de serem admitidas pelo projeto - o que pode levar anos.

Solidariedade
A ajuda não é só para viabilizar moradia. Loretti destaca que todas as crianças têm de estar matriculadas em escolas e há, no Núcleo, projetos para o contraturno escolar, realizados no Centro Social Marista (Cesumar), além de atividades de recreações e lazer. Para os pais e jovens, há cursos profissionalizantes. “Damos toda a assistência”, afirma Loretti, cujo trabalho é voluntário. Entre os outros engajados está a irmã Adiles Maria Guardalben, que conhece todas as famílias.

Em 2008, dez membros do Rotary Club Maringá Colombo e a rede criada por eles conseguiram levantar mais de R$ 100 mil, por meio da destinação de 6% do Imposto de Renda devido. O dinheiro vai para o Fundo da Infância e da Adolescência (FIA) com a indicação de qual entidade que tem projeto aprovado no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) vai recebê-lo. “Infelizmente, muitas pessoas não sabem que é possível fazer isso e não destinam essa parte do dinheiro para projetos sociais”, considera o membro do Rotary Jaime Pego Siqueira.fonte integral O Diario

Um comentário:

Anônimo disse...

e buracandi zero