Jornal O Repórter Regional

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Vão a júri acusados de matar 111 presos no Carandiru

Depois de 17 anos, os 116 policiais militares acusados de envolvimento na morte de 111 presos da Casa de Detenção, no episódio conhecido internacionalmente como o "massacre do Carandiru", deverão ir a júri popular. A decisão unânime - três votos a zero - foi tomada pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

A defesa dos acusados tem 15 dias para recorrer em instâncias superiores, como o Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal. Na votação de ontem, os desembargadores negaram recurso dos réus e mantiveram a pronúncia decretada em primeira instância.

Dos 116 PMs, 84 são acusados de homicídios qualificados. Os outros 32 são suspeitos de causar lesões corporais nos detentos do Pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção. Os crimes atribuídos a esses últimos policiais prescreveram - o que significa que eles não podem mais ser punidos pela Justiça.

O promotor de Justiça Márcio José Lauria Filho, do 2º Tribunal do Júri de São Paulo, disse que os autos têm cerca de 76 volumes, fora os apensos, e pelo menos 15 mil páginas. Lauria Filho espera que os réus sejam levados a júri o mais rápido possível.

"Minha expectativa é a de que haja logo o julgamento, com desmembramento do processo para facilitar os trabalhos. Quanto mais tempo demora, mais prejudicada fica a acusação." Nenhum dos acusados do massacre foi preso. (Com informações de O Estado de São Paulo).

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