Depois de 17 anos, os 116 policiais militares acusados de envolvimento na morte de 111 presos da Casa de Detenção, no episódio conhecido internacionalmente como o "massacre do Carandiru", deverão ir a júri popular. A decisão unânime - três votos a zero - foi tomada pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
A defesa dos acusados tem 15 dias para recorrer em instâncias superiores, como o Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal. Na votação de ontem, os desembargadores negaram recurso dos réus e mantiveram a pronúncia decretada em primeira instância.
Dos 116 PMs, 84 são acusados de homicídios qualificados. Os outros 32 são suspeitos de causar lesões corporais nos detentos do Pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção. Os crimes atribuídos a esses últimos policiais prescreveram - o que significa que eles não podem mais ser punidos pela Justiça.
O promotor de Justiça Márcio José Lauria Filho, do 2º Tribunal do Júri de São Paulo, disse que os autos têm cerca de 76 volumes, fora os apensos, e pelo menos 15 mil páginas. Lauria Filho espera que os réus sejam levados a júri o mais rápido possível.
"Minha expectativa é a de que haja logo o julgamento, com desmembramento do processo para facilitar os trabalhos. Quanto mais tempo demora, mais prejudicada fica a acusação." Nenhum dos acusados do massacre foi preso. (Com informações de O Estado de São Paulo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário