Jornal O Repórter Regional

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terça-feira, 27 de abril de 2010

Mais de 2.000 sem-teto ocupam três imóveis e acampam em frente à Prefeitura de SP

Mais de 2.000 manifestantes sem-teto ligados à Frente de Luta por Moradia (FLM) realizaram ontem segunda-feira (26) ações em São Paulo para cobrar do poder público políticas habitacionais efetivas. Representantes do movimento estiveram reunidos com a prefeitura e as autoridades municipais se comprometeram a avaliar a lista de demandas da FLM.

Segundo os manifestantes, que continuam acampados em quatro endereços da capital, as reivindicações mais importantes são a transformação do edifício Nove de Julho em um conjunto habitacional popular e a liberação das cartas de crédito para os antigos invasores do edifício Prestes Maia, dois dos imóveis ocupados nesta madrugada.

Os sem-teto pedem ainda o pagamento do Bolsa Aluguel aos cidadãos que foram obrigados a deixar recentemente um terreno abandonado no bairro do Limoeiro, na zona leste da capital.

Dois prédios do centro e um terreno na estrada do M’Boi Mirim --extremo sul da capital-- foram ocupados por milhares de famílias nesta madrugada. Outro grupo permanece acampado em frente ao prédio da prefeitura, também no centro.

“Nós queremos denunciar a lentidão do governo federal e estadual na resolução dos problemas de moradia na cidade de São Paulo, que se arrastam há mais de dez anos”, diz uma das coordenadoras do Movimento dos Sem Teto do Centro e da FLM, Carmen da Silva Ferreira.

A FLM é composta pelo MSTC (Movimento dos Sem Teto do Centro), MSTRU (Movimento Sem-Teto pela Reforma Urbana), MJI (Movimento Jardim Ipanema), Movimento Terra da Nossa Gente e Fommaesp (Fórum de Moradia e Meio Ambiente do Estado de São Paulo).

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