Por Carlos Brickmann,
jornalista
A vice-procuradora geral eleitoral, Sandra Cureau, acredita que a candidatura de Dilma Rousseff pode ter problemas já no registro; ou, em caso de vitória, na proclamação. Motivo: o desrespeito de Dilma e do presidente Lula à lei eleitoral.
Na verdade, com todo o respeito à vice-procuradora geral, não vai acontecer nada disso. Não há condições políticas para barrar a candidata à Presidência. E, se houvesse, qualquer candidato indicado para substituí-la venceria a eleição.
Isso já aconteceu, logo após a implantação do regime militar. Jânio Quadros era o candidato favorito à Prefeitura paulistana. Foi cassado. Buscou um oficial da Aeronáutica em quem confiava, pouquíssimo conhecido do eleitorado: o brigadeiro Faria Lima, que saiu em seu lugar. E a eleição foi um passeio.
O fato é que nossa lei eleitoral é tão absurda, tão cheia de contradições, que é dificílimo obedecê-la. Por exemplo, Serra, Dilma e Marina precisam fingir que não são candidatos, apenas "pré-candidatos", seja lá isso o que for. O presidente Lula, para não ser multado, precisa fingir que não joga seu prestígio em Dilma.
O Governo Federal finge que não há abuso de poder político e econômico em favor da candidata. O Governo estadual paulista finge que sua propaganda, com verbas reforçadíssimas, nada tem a ver com a campanha de Serra. O prefeito paulistano Gilberto Kassab finge que suas obras (e há muitas, de boa qualidade) são feitas "em conjunto com o governador José Serra", que até já deixou o cargo.
Está na hora de mudar a frase. Que tal "não me engane que aí eu gosto"? fonte Espaço Vital
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