Jornal O Repórter Regional

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

MATÉRIA NA GAZETA DO POVO HOJE. O MÉRITO SE DEVE A ROSÁRIA SÈKUA

Gazeta do Povo
Terça-feira, 07/09/2010 , Curitiba

Iniciativa popular
Os exemplos que vêm de Sarandi e dão orgulho aos moradores da cidade
Sarandi é conhecida por problemas sociais, mas população organizada mostra como mudar a realidade enfrentada
Hélio Strassacapa - Ivan Amorin/Gazeta Maringá

Curso de karatê, apoiado pelo Criança Esperança e pela comunidade, tira da rua jovens em situação de risco
Em um contexto de violência e pobreza, todos estão acostumados a acompanhar as notícias tristes que surgem em Sarandi. Com isso, os problemas, que muitas vezes aparecem pelo descaso do poder público, se sobrepõem aos bons exemplos que vêm da cidade vizinha de Maringá, como a preocupação dos moradores com as mazelas sociais e a tentativa popular de solucioná-las.
Conhecida pelo apoio que recebeu do projeto “Criança Esperança”, a Associação de Proteção à Maternidade e Infância (APMI) é uma das iniciativas sarandienses que seriam bem vindas em qualquer outro município. Fundada em 1983 e contando com trabalho voluntário, a ONG se desdobra em vários cursos e subprojetos que atendem cerca de duas mil crianças e adolescentes por ano.
No curso de Karatê, segundo projeto no Paraná a receber recursos do “Criança Esperança”, são cerca de 300 jovens que praticam o esporte dentro da ONG ou em outros locais da cidade onde APMI atua. Os treinos já valeram medalhas em competições realizadas até em outros estados. “O orgulho é nosso e dos próprios alunos. Numa competição em Tupã (SP), um menino e uma menina ficaram em segundo lugar. Isso faz com que eles tenham vontade de representar a cidade”, disse a coordenadora pedagógica da APMI, Aline Franciele Navarro.
Vale lembrar que as duas mil crianças e adolescentes que frequentam os cursos da APMI são, na maioria, vindos de famílias pobres de Sarandi. “São jovens que estavam em situação de risco e que mudaram de vida. O segredo é ocupar o tempo ocioso da molecada e tirá-los da rua”, afirmou Aline.
O karatê pode ser o projeto de mais destaque, mas não é o único. Os professores de balé ensinam cerca de 120 meninas de até 18 anos. Há um grupo de profissionalização de dança e que participa de festivais. “Temos alunas que estão há sete anos no curso e que agora já dão aula”, contou. Além do balé, a ONG oferece oficinas de outras danças, também no contra turno escolar.
Os “Bombeiros Mirins” são voltados para o grupo de 11 a 17 anos, no qual os jovens aprendem toda a rotina junto ao Corpo de Bombeiros de Sarandi. Os militares ainda repassam aos alunos ações de caráter preventivo, principalmente voltadas para prevenção de acidentes domésticos. As crianças ainda aprendem instrução militar, defesa pessoal e disciplina.
Na geração de renda, a ONG desenvolve cursos de trabalhos manuais como bordado, pintura em tecido e de manicure. Para os jovens de zonas rurais há o curso de horticultura feito em pareceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado do Paraná ) de Maringá. “Tudo é de graça. O retorno que eles (jovens) precisam dar é com as notas na escola e a colaboração na família”, explicou. “A palavra chave para tudo é parceria. Parceria com a comunidade e com o empresariado que se dispuseram a olhar para as crianças da cidade”, concluiu Aline.

2 comentários:

Maria Emilia disse...

Isso é para mostrar para todos que Sarandi tem coisas boas!!!!!!A APMI é uma instituição que nos enche de orgulho a nível nacional e até internacional.

Anônimo disse...

Isso só comprova que Sarandi tem muita gemnte séria , comprometida com a comunidade. Está na hora do povo de Sarandi ter orgulho de sua cidade, elegendo gente daqui, e não dando votos para oportunistas, aventureiros e fichas sujas que só vem aqui pedir voto e depois mandam lixo pra cá.Parabéns a APMI