A noticia está no site Gazeta Maringá e mostra algumas cidades que desviaram a finalidade do PETI
Criado para ser a principal forma de combate ao trabalho de crianças e adolescentes no país, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) vem sendo usado de forma assistencialista pelos municípios. Em vez de identificar e beneficiar meninos e meninas que estão nessa situação, as prefeituras fazem do Peti uma espécie de subcategoria do Bolsa Família. Quem não se encaixa nos critérios do Bolsa Família é encaminhado para o programa, mesmo sem ter filhos trabalhando. Enquanto isso, crianças que deveriam ser enquadradas no Peti continuam trabalhando.
O Peti é um programa federal, mas a responsabilidade de identificar e monitorar as crianças é dos municípios. O problema é que a falta de estrutura (como equipes qualificadas de assistentes sociais) impede um mapeamento eficaz do trabalho infantil nos municípios. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2009 mostram que há subnotificação no país. Na faixa etária de 5 a 14 anos há 1,381 milhão de meninos e meninas trabalhando, mas apenas 831 mil recebem o auxílio. Quando se considera a faixa até 17 anos, o número chega a 4,3 milhões.
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