Jornal O Repórter Regional

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Deputado confirma acusação sobre corrupção no Judiciário e anuncia o ingresso de oito ações populares

O deputado federal Nelson Marchezan voltou a fazer críticas ao Judiciário do RS, ao ser entrevistado anteontem (29) pelo jornalista Lasier Martins, no programa ´Gaúcha Repórter´.

Os primeiros lances do embate ocorreram na última quinta-feira (24), no programa ´Conversas Cruzadas´, da Tv Com, quando o parlamentar afirmou "haver juízes e desembargadores do RS que vendem sentenças" e que "juízes e parlamentares protegem-se mutuamente".

A Ajuris respondeu afirmando que "a conduta do referido deputado é irresponsável, na medida em que deixa sob suspeita toda a Magistratura gaúcha, que ao longo dos anos vem sendo considerada a melhor do País, embora seja a que atende ao maior volume de trabalho".

Na nova entrevista de anteontem, Marchezan diz que "aquele programa de tevê era sobre o ficha limpa, e eu dizia que a ficha limpa devia ser para parlamentares, juízes, promotores, governadores, ministros, qualquer servidor público - porque a corrupção existe em todo o lugar".

Ante uma pergunta do radialista sobre a possível localização dos ilícitos, o parlamentar responde que "com certeza existe corrupção no tribunal gaúcho, assim como existe no primeiro nível de jurisdição".

Em seguida, Marchezan afirma que "deputados vendem votos, juízes vendem sentenças, promotores vendem pareceres, brigadianos vendem boletins de ocorrência".

Logo após, ele compara que "existem pessoas boas e más, na igreja, no bairro, na família e reafirmo, com certeza, que existe corrupção no Judiciário gaúcho".

Comparando que no funcionamento de uma padaria o dono deve colocar um parente no caixa, para evitar que o dinheiro com a compra de pães possa sumir, Marchezan diz que o pagamento das URVs foi "o maior desvio de recursos públicos". E exemplifica que "há desembargadores que receberam R$ 1 milhão e não terão que devolver, porque agiram com boa fé".

Em seguida, o parlamentar critica que "estão transformando a Ajuris num sindicatozinho pelego, vinculado ao Partido dos Trabalhadores". Direciona, então, ataques pessoas a dois dirigentes da entidade.
Fonte Espaço Vital que disponibiliza espaço aos interessados.

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