Jornal O Repórter Regional

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sábado, 22 de outubro de 2011

Um sonho interrompido

RO padre Reginaldo Lima morreu em busca do seu “sonho do coração”: ser diplomata no Vaticano. O padre, para viabilizar seu desejo, estava tentando o doutorado religioso na Itália. Ele conheceu os papas João Paulo II e Bento XVI e fez diversos contatos nas quatro viagens que fez à Roma.

Devoto de Nossa Senhora das Graças, ele nasceu em Jandaia do Sul, em 1973. Logo depois, em 1976, a família mudou para Mandaguari e, em seguida, veio para Sarandi, em 1978 - todas as cidades localizadas no Noroeste do Paraná.

Reginaldo era o filho do meio de uma família com cinco crianças. Antes de ser padre, trabalhou em uma oficina mecânica, em uma fábrica de vassouras e também em uma ótica. Ele conciliava as funções com os estudos. Aos 15, em sua crisma, optou pela vida religiosa. Foi ordenado em 2000. Após a escolha pelo sacerdócio, teve vários destinos. Morou em Maringá, Curitiba e Brasília.

Em Maringá, ele fazia caminhadas pelo Parque do Ingá junto com Dom Anuar Battisti, amigo e arcebispo da região. Na capital federal, trabalhou por quatro anos como assessor da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Reginaldo nunca comeu feijão. A família conta que, desde pequeno, ele dizia que não gostava, mesmo sem nunca ter provado. "Uns amigos de Maringá o convidaram para jantar e lhe prepararam uma feijoada esperando agradar o convidado. Ele, com seu humor peculiar, perguntou: 'não tem por acaso, um arroz da semana passada?'", contou a irmã Regiane Lima.

Dia 14 de outubro, de falência múltipla dos órgãos, aos 38 anos, em Maringá.

com inf. Gazeta -Maringá

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