Jornal O Repórter Regional

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Tem mais denuncia por ai

O site da Gazeta do Povo na coluna do jornalista Andre Gonçalves diz que ex funcionário denuncia o deputado Ratinho Junior, o mais votado do Paraná

Ex-funcionário da Rádio Massa de Curitiba afirma que o deputado Ratinho Jr. (PSC) teria pago o salário dele por serviços na empresa da família com dinheiro da verba de gabinete
Procurado pela reportagem, o deputado federal Ratinho Jr. (PSC-PR) contou outra história sobre a demissão do locutor Ademar Raimundo Marques da Rádio Massa e a conseqüente exoneração do gabinete em Brasília. “A mulher dele foi à rádio agredir um funcionário. Ele foi demitido pela direção da rádio e, diante desse fato, resolvi dispensar ele do cargo no gabinete. Agora ele está tentando me extorquir”, diz Ratinho Jr.

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A denúncia de um ex-secretário parlamentar do deputado federal Ratinho Jr. (PSC) sobre um suposto uso de dinheiro público para pagar salário de funcionário de uma empresa privada pode significar uma nova prática irregular do esquema gafanhoto investigado na Assembléia Legislativa do Paraná. Quem acusa Ratinho Jr. é Ademar Raimundo Marques, que trabalhou por oito meses como locutor na Rádio Massa de Curitiba – empresa da família do deputado – e esteve por pouco mais de cinco meses supostamente lotado no gabinete do deputado em Brasília como secretário parlamentar. Marques é enfático: “Durante o período em que trabalhei na Rádio Massa recebi R$ 1,2 mil de salário por mês. Esse pagamento não era feito pela rádio, mas pela Câmara Federal”, garante. Segundo fontes do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) ouvidas pela reportagem, a prática denunciada por Marques é novidade. Até agora, na investigação que vem sendo feita na Assembléia Legislativa do Paraná, a PF se concentrou na apuração de denúncias de contratação de funcionários fantasmas e pagamento de salário de servidores numa única conta bancária – cujos titulares, responsáveis pela movimentação da conta, são chefes de gabinetes e, por algumas vezes, o próprio parlamentar e seus familiares.

O relacionamento de Marques com a família de Ratinho Jr. é antigo. Ele já trabalhou, também como locutor, por cinco anos, em outra rádio da família do deputado. “Eu era considerado uma pessoa de confiança do Ratinho (apresentador Carlos Massa). Tanto é que foi ele quem me contratou na Rádio Massa depois que fui demitido (em dezembro de 2006) da outra rádio deles (a Eldorado)”, relembra. Desempregado, o locutor resolveu procurar a família Massa no final de janeiro de 2007 e, pelo bom relacionamento, acabou admitido na Rádio Massa FM. “Comecei a trabalhar em fevereiro (de 2007) e nas primeiras semanas perguntei ao Ratinho Jr. para quem deveria entregar meus documentos pessoais e a carteira de trabalho para fazer o registro funcional.” Foi durante esta conversa, acusa Marques, que o deputado teria proposto o cargo em Brasília para pagar os vencimentos como locutor de rádio. “Ele disse que eu receberia (o salário) de outra maneira. Que eu seria nomeado no gabinete dele na Câmara e receberia por lá. Questionei se isso não traria problemas tanto para ele quanto para mim, mas ele respondeu: é só ficar de bico calado. Meu pai confia em você e eu também confio.”

O primeiro salário, referente ao mês de fevereiro, foi pago, de acordo com Marques, no escritório político de Ratinho Jr. e em dinheiro vivo. De março a setembro, os R$ 1,2 mil teriam sido depositados mensalmente na conta de Marques na Caixa Econômica Federal (CEF) aberta apenas para receber os supostos vencimentos de secretário parlamentar. “Eu nunca exerci esse cargo. Nunca trabalhei politicamente para o deputado. Eu sou locutor e apresentava um programa de rádio na Massa FM, tocando forró, pagode, vanerão.” Marques foi demitido da rádio em setembro do ano passado, após, segundo ele, um desentendimento a respeito de uma transferência de local de trabalho. “Queriam que eu fosse trabalhar na rádio de Maringá, mas eu não quis ir. Vi que começaram a me perseguir e daí num dia me ligaram dizendo que estava demitido”, afirma. A exoneração do cargo de secretário parlamentar do gabinete de Ratinho Jr. foi feita no dia 5 de setembro de 2007, conforme documento da Câmara Federal apresentado pelo locutor à reportagem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Então só foi denunciar depois que foi mandado embora? Ah tah