Jornal O Repórter Regional

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terça-feira, 20 de março de 2012

MP denuncia motorista e médica por homicídio

Um motorista da empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) e uma médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram denunciados por homicídio culposo pelo Ministério Público. Os profissionais foram responsabilizados pela suposta falta de assistência adequada a uma mulher de 58 anos que passou mal dentro de um ônibus e morreu após esperar por socorro no Terminal Urbano em maio de 2011.

O promotor Paulo Tavares, da Promotoria de Justiça de Proteção da Saúde Pública de Londrina, descreveu que a vítima se sentiu mal no coletivo e o motorista não ofereceu ajuda ou dirigiu-se ao Pronto-Atendimento Municipal. Após a chegada ao Terminal Urbano, o estado da vítima era pior e o Samu foi acionado. Em função da demora da ambulância, a mulher foi encaminhada por familiares até o Hospital Evangélico, mas não resistiu.

''Foi apurado pelo MP-PR que a médica plantonista, que atendeu ao chamado telefônico do SAMU, efetuou apenas duas perguntas ao solicitante do serviço, classificando o atendimento como 'risco médio' e não 'alto risco', o que levou à demora no socorro à vítima, embora houvesse uma ambulância avançada no pátio do Samu por ocasião da chamada'', diz a nota enviada pelo MP à imprensa.

A promotoria entende como causa da morte a falta de assistência adequada dos dois profissionais. A ação penal foi recebida pelo Juízo da 3 Vara Criminal da Comarca.

O gerente regional do Samu, Alessandro Sella, informou que aguarda a evolução do caso na esfera judicial. Ele afirmou que a médica continua fazendo parte da equipe do Samu. ''Ela é concursada, capacitada e é a profissional que tem o maior número de atendimentos de rua com a Unidade de Suporte Avançado'', disse. O gerente afirmou que considera prematuro qualquer questionamento já que o que vai definir o caso é o julgamento da questão. A empresa TCGL foi procurada, mas informou por meio da assessoria de imprensa que só vai se manifestar sobre o caso na Justiça.Folha de Londrina

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