Jornal O Repórter Regional

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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Maringá tem o melhor IDH-M do interior do estado


Maringá é a cidade do interior do Paraná com o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH). É o que aponta o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, organizado pelo Programa nas Nações Unidas para Desenvolvimento (Pnud) - e cuja versão 2010 foi divulgada nesta segunda-feira (29). De acordo com o levantamento, Maringá obteve um nível considerado “muito alto”, com nota 0,808, o sétimo melhor índice da região Sul e o 23º do Brasil.

Para estar nessa categoria, é preciso que as cidades tenham índices superiores a 0,800. Em todo país, apenas 44 municípios possuem essa classificação, a maior parte nos estados de São Paulo e Santa Catarina. No Paraná, além de Maringá, apenas Curitiba (0,823) atingiu esse resultado.




As médias são baseadas nos dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com algumas alterações em relação aos levantamentos anteriores, feitos com base nos censos de 1991 e 2000.

Para compor o IDH-M, são analisados os índices de longevidade, educação e renda.
Apesar de contar com apenas duas cidades com alto índice de desenvolvimento, o resultado do estado é positivo, no geral. O Paraná tem 236 municípios com índices entre 0,700 e 0,799, considerado alto desenvolvimento, o que significa que 59,15% das cidades estão nessa faixa. Há ainda 157 municípios com médio desenvolvimento (entre 0,600 e 0,699) e apenas quatro com baixo desenvolvimento (0,500 a 0,599).

Renda

O índice que mede a renda em Maringá ficou em 0,806, o maior do interior. Um dos pontos avaliados foi a renda per capta média que entre 2000 e 2010 subiu de R$ 916,87 para R$ 1.202,63. Em 1991, o ganho médio por pessoa era o equivalente a 635,43.

De acordo com o economista e pesquisador da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Joílson Dias, a atividade econômica está crescendo, em média, 9% ao ano desde 2000. Para Dias, essa elevação passa pela formação de grandes setores de serviços, como educação, saúde e apoio à atividade econômica.

“Não é mais a agricultura ou a indústria que puxam a economia. O setor de serviços vem crescendo muito e sendo cada vez mais demandado, além de produzir trabalhadores altamente especializados.”

Saúde

No que diz respeito à longevidade dos moradores, Maringá também obteve avanços. Em 1991, a esperança de vida ao nascer era de 68,4 anos. Esse número passou para 73,1 em 2000 e alcançou os 76,1 anos em 2010.

Na opinião do secretário da Saúde, Antônio Carlos Nardi, o aumento da expectativa de vida em Maringá segue um padrão nacional. “As pessoas estão se cuidando mais e houve uma melhoria na oferta de serviços públicos não só em Maringá”, explicou.

No entanto, Nardi ressaltou que o resultado obtido pelo Município acompanha as ações intersetoriais adotadas pela Prefeitura. Entre as ações destacadas está a oferta de serviços de saúde para idosos; a criação das Academias da Terceira Idade (ATIs); o acompanhamento permanente dos grupos de hipertensos e diabéticos e os trabalhos de culinária saudável junto às associações de bairro, escolas e comunidades religiosas.

“Existe uma série de ações de várias secretarias que permitiram um avanço extremamente considerável”, ressaltou o secretário da Saúde.

Educação

O menor valor entre os subíndices que fazem parte do IDH-M foi atribuído à educação, que ainda é considerado alto, com 0,768. Em 2000, esse índice foi de 0,663, e em 1991, de 0,441. Um dos fatores desse resultado foi o aumento da frequência escolar da população jovem. No início da década de 1990, por exemplo, apenas 51,1% das crianças de 5 e 6 anos estavam frequentando a escola. Esta quantidade subiu para 78,6% na década passada e chegou aos 96,4% em 2010.

Já o índice de jovens entre 18 e 20 anos com Ensino Médio completo subiu de 48,3% em 2000 para 63,8%. A única queda ocorreu no percentual da população de 15 a 17 anos que concluiu o Ensino Fundamental completo. O índice, que era de 73,9% em 2000, caiu para 71,4% em 2010.

“Assumimos a Prefeitura com as escolas municipais apresentando um Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 4,5, e avançamos para 6,0”, lembrou o prefeito Carlos Roberto Pupin, em entrevista aos site da Prefeitura.

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