A quebra na safra de trigo na Argentina levou o Brasil a importar
mais cereal dos Estados Unidos e Canadá, deixando os derivados mais
sensíveis à alta do dólar, que subiu 5,7% na semana passada. Com isso, o
brasileiro poderá sentir, em breve, um aumento no preço do pãozinho.
Segundo
o presidente do Sindicato da Indústria do Trigo nos Estados do Pará,
Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte (Sindtrigo) e diretor executivo do
Moinho Dias Branco, Luiz Eugênio Pontes, com a queda da produção na
Argentina, o Brasil passa a importar dos Estados Unidos e do Canadá, com
isso o trigo é impactado diretamente pelo dólar, pois “além do preço do
produto, é pago também o frete”.
Para diminuir os altos
preços das sacas americanas e canadenses, o Governo Federal estabeleceu
até 31 de julho, a liberação da cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC),
de 10% em relação ao valor da saca, para países que não sejam do
Mercosul. Luiz Eugênio diz que a medida não é suficiente, pois a nova
safra argentina só começaria a chegar ao Brasil em dezembro, até quando
durariam as importações da América do Norte. Portanto, entre agosto e
novembro, a taxa incidiria sobre a importação.Jornal Hoje
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