Jornal O Repórter Regional

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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Projeto sobre geminadas gera debate em Sarandi

Cerca de cem pessoas, entre trabalhadores e empresários da construção civil de Sarandi, estiveram na tarde desta segunda-feira (12) na Câmara Municipal para se manifestar contra um possível projeto de lei que prevê restrições à construção de casas geminadas.
O Legislativo e o Executivo confirmaram que deram início a um estudo em conjunto sobre o tema, mas que mudanças, na prática, devem demorar para acontecer.
Atualmente, em Sarandi, casas geminadas podem compartilhar terrenos de no mínimo 10 metros de frente. A intenção, explicou o presidente da Casa, Rafael Pszybylski (PP), é que a metragem seja alterada para 16 metros. "Nosso objetivo é proporcionar moradias mais dignas. Em casas de 5 metros de frente cada, nem mesmo uma garagem pode ser viabilizada com um mínimo de condições", disse.
De acordo com ele, deve demorar pelo menos 6 meses para que o estudo esteja concluído e o projeto e fique pronto para ir a votação.
O secretário de Urbanismo de Sarandi, Elton Toy, destacou ainda que além de problemas com o estacionamento as casas geminadas com 5 metros de frente são prejudiciais para o município. "Mais construções dentro de um bairro geram mais demanda por infraestrutura de água e esgoto", avaliou.
O construtor Adilson Damião é o representante dos que se posicionam contrários às mudanças. Segundo ele, o principal prejudicado se o projeto de lei for aprovado será o sarandiense. "Além de desempregar os trabalhadores da construção civil, as pessoas mais humildes não vão ter condições de comprar a casa própria a um preço acessível", mencionou.
Nas contas de Damião, uma casa de 5 metros de frente e de 53 a 59 metros quadrados de área construída que hoje custa entre R$ 85 mil e R$ 90 mil não será encontrada, no novo padrão sugerido, por menos de R$ 140 mil.
Desdobramentos
Para reivindicar a permanência das regras atuais sobre as casas geminadas, construtores, imobiliaristas e proprietários de depósitos de materiais de construção divulgaram que vão se reunir na noite de hoje para a criação de uma associação para representar a classe.
Já durante a sessão ordinária realizada ontem na Câmara Municipal, Pszybylski convocou uma reunião entre representantes da construção civil, os vereadores e a prefeitura para debater o assunto. O encontro será na segunda-feira, na Câmara, às 15 horas.o Diário

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