A cabo Andreia Regina Bovo Pesseghini, 36, morta com a família na semana
passada, foi convidada por PMS a participar de um roubo de caixa
eletrônico. A declaração foi dada ontem pelo deputado major Olímpio
Gomes (PDT). O parlamentar comunicou essa informação anteontem ao
corregedor da PM, o coronel Rui Conegundes.
Segundo a polícia, o filho da cabo, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13,
é o principal suspeito de ter matado a mãe, o pai, o sargento da Rota
Luís Marcelo Pesseghini, 40, a avó, de 65 anos e a tia-avó, de 55 anos,
na casa da família, na Brasilândia (zona norte de SP). Para a polícia, o
crime ocorreu no dia 5 e o menino se matou após ir até a escola.
De acordo com Gomes, Andreia avisou sobre o convite do roubo a seu
superior, o capitão Fábio Paganotto, então comandante da 1ª Companhia do
18º batalhão. Paganotto tentou apurar o fato e acabou transferido,
posteriormente, para o 9º batalhão. Gomes disse que os PMs não foram
punidos.
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Paganotto foi um dos policiais que se envolveram, com PMs da Rota, na
ocorrência que deixou seis suspeitos mortos em uma suposta tentativa de
roubo a caixas eletrônicos no supermercado Comprebem, em Parada de
Taipas (zona norte de SP), em agosto de 2011.
Na última quarta-feira, o tenente-coronel Wagner Dimas, então comandante
do 18º batalhão, disse em entrevista à rádio Bandeirantes que a cabo
havia delatado colegas
envolvidos em roubo a caixas eletrônicos e que não acreditava que o
menino fosse o responsável pelas mortes. No dia seguinte, ele foi
chamado para depor na Corregedoria da PM e desmentiu os fatos.
Dimas foi afastado anteontem do comando do 18º batalhão. A PM não quis
se pronunciar sobre o afastamento nem sobre as declarações de Gomes.Folha de SP
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