Jornal O Repórter Regional

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Nenhum prejuízo aos profissionais da educação de Sarandi que participaram da Paralisação de 25 de julho


Foi no dia 25 de julho que os profissionais da educação demonstraram na prática a conscientização política e a capacidade organizativa da categoria, que obrigou-se por se politizar diante dos rumos das políticas públicas educacionais catastróficas da cidade de Sarandi.
A muito a incapacidade da Gestão atual do Município vem dificultando, quando não impossibilitando o trabalho de qualidade do professor, que recebe um dos menores salários da região de Maringá, que não tem o direito à hora atividade (33%) já garantido por uma lei federal que é descumprida pelo prefeito, falta de perspectivas na carreira graças a um plano de carreira rebaixado que o prefeito se recusa em melhorar. Falta de recursos físicos, materiais, de infra-estrutura, pela falta de formação continuada, de incentivos, enfim perdendo os melhores e mais experientes profissionais do magistério para as cidades vizinhas que possuem melhor valorização profissional e condições de trabalho.
A muito já vem sendo comunicado, denunciado, negociado, enfim, com o poder público sobre o caos em que se encontra a educação sarandiense, mas apesar dos gritos de insatisfação dos que estão no seu dia-a-dia encontrando-se com as calamitosas negligencias educativas que desembocou-se na Paralisação dos professores. Ou seja, na greve, último e único recurso de pressão dos trabalhadores desesperados pelo abandono do poder público.
A Paralisação foi um dia que marcou a luta da categoria, como um divisor de águas, a categoria demonstrou sua força organizativa, a sua insatisfação e juntos mostraram aos governantes e a sociedade sarandiense a necessidade urgente de uma verdadeira política de valorização da educação de Sarandi.
Uma paralisação vitoriosa porque mesmo enfrentando um poder público que jogou pesado para impedir a paralisação conseguiu a adesão de 2/3 dos professores e servidores da rede municipal que paralisaram suas atividades e foram as ruas. Vitoriosa porque teve que superar a traição de sua própria direção sindical que se recusou até o fim em assumir sua responsabilidade e dirigir a mobilização dos educadores.

Vitoriosa porque conquistou a realização de um novo concurso publico para rede municipal, insuficiente para responder a todas as necessidades, mas uma conquista sim. Vitoriosa porque obrigou a secretaria de educação a convocar a formação de uma comissão para estudar a revisão do plano de carreira do magistério.

decisão da prefeitura em descontar o dia de paralisação, da elevação e da cesta básica, além de mandar registrar na ficha de avaliação de quem está em estágio probatório, choca, não apenas pelo prejuízo financeiro aos trabalhadores mais principalmente por que revela a insensibilidade do prefeito a tudo que diz respeito à causa dos servidores municipais e a causa da educação.
Mas nós não aceitaremos nunca que nos seja retirado o direito a democracia, a luta, o nosso direito de greve. Lutaremos sempre, primeiro para recuperar nosso sindicato e colocá-lo a serviço da causa dos servidores, depois para reverter essa decisão do prefeito de atacar os professores e funcionários e também por todas as reivindicações que ainda não foram atendidas, lutaremos porque lutamos por uma educação de qualidade, por condições de trabalho dignas, por salários justos.

Exigimos:
Nenhum prejuízo aos servidores que participaram da paralisação; reposição do dia parado sem o registro de falta e ressarcimento do desconto aos servidores da educação.

Oposição sindical “servidores em luta”.
Sarandi 02 de setembro de 2013

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