Jornal O Repórter Regional

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Operação Satiagraha-lançamento do livro

Prezado  jornalista Hilário Gomes

Contamos com sua presença no lançamento do livro "Operação Satiagraha", editado pela Universo dos Livros, que foi escrito por Protógenes Queiroz, chefe do setor de inteligência da Polícia Federal. O evento acontecerá no 11 de fevereiro (terça-feira), às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073 - Bela Vista).
Operação Satiagraha
"Executaram a busca e apreensão com ameaças aos meus filhos, meu filho de seis anos ficou sob a mira de um fuzil"
Chefe do setor de inteligência da Polícia Federal, Protógenes Queiroz comandou durante um ano e meio uma equipe de 26 policiais naquela que ficou conhecida como a maior operação de todos os tempos. Em 8 de julho de 2008, após quatro anos de investigações, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma grande ação contra o desvio de verbas públicas, crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. A intervenção prendeu supostos contraventores como banqueiros, empresários e até ex-prefeito.
Para dar detalhes exclusivos sobre o caso, a Editora Universo dos Livros lança o título Operação Satiagraha, escrito pelo hoje deputado Protógenes Queiroz. Com tom de confidência, a publicação traz à tona os bastidores de um dos maiores escândalos da história do Brasil pós-ditadura militar. Para preservar os investigados em processos que ainda estão em fase de julgamento, Protógenes optou por modificar o nome de pessoas e empresas envolvidas na investigação.
“Estou sempre vigiado, mas nunca estou sozinho. Pertenço a um sistema que está ativo. É aquilo: uma vez integrante da área de inteligência, você nunca sai. Não lhe é permitido sair. Você pode ficar adormecido, mas excluído, nunca. Assim como o Morcegão não dorme, eu também não durmo”, comenta o autor no início do livro.
Mesmo com os holofotes voltados ao caso, no dia 14 de julho de 2008, exatamente seis dias após a deflagração da operação, Protógenes Queiroz foi afastado pela PF, com a justificativa que ele iria fazer um “curso de reciclagem”. Mas, segundo o autor, seu desligamento foi proposital “me afastaram para que eu não concluísse a investigação”.
Na reviravolta do caso, Protógenes Queiroz foi acusado de investigar ilegalmente a vida de autoridades, como senadores e do ex-presidente. Porém, o fato acabou sendo desmentido e Protógenes foi considerado inocente pelo MPF, que não viu crime e nem nulidade.
Ao todo, a operação dirigida por Protógenes levou a polícia a cumprir 24 mandados de prisão e 56 de busca e apreensão. Além disso, mobilizou cerca de 300 homens da PF e foi realizada nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e no Distrito Federal.

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