Pesquisas apontam, ainda, que, atualmente, um em cada dez brasileiros utilizam o Twitter e pelo menos 20% dos internautas do país têm o WhatsApp instalado em seus smartphones.
Os responsáveis pelas campanhas dos pré-candidatos ao próximo pleito - marcado para outubro deste ano - já perceberam a importância da internet na angariação de votos e no monitoramento do pensamento do eleitorado. Levantamento feito pela reportagem do Bonde
O Tribunal Regional Eleitoral informou, ainda, que, até agora, duas páginas foram retiradas da internet por conter ofensas contra a senadora Gleisi Hoffmann, pré-candidata do Partido dos Trabalhadores ao Governo do Paraná. A retirada foi determinada pela Justiça no final do ano passado. Uma das páginas era justamente um perfil 'fake' do Facebook. A outra, intitulada "Gleisi Não", tinha como autor das postagens José Gilberto Maciel, jornalista da Agência Estadual de Notícias. A assessoria de Beto Richa negou participação no caso.
Efeito e causa
O coordenador do Mestrado de Ciências Políticas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Emerson Cervi, acredita na presença maciça dos candidatos nas redes sociais, mas argumenta que a internet pode não influenciar diretamente no resultado das eleições. "Você muda a forma de fazer (a campanha), mas pode ser que isso não altere o resultado final", destaca.
Cervi ressalta também que é muito difícil o eleitor mudar o voto só por algo que viu na internet. "Quem utiliza a ferramenta para fazer campanha já tem o candidato definido."
Apesar de não ver credibilidade no conteúdo online, o cientista político acredita que os marketeiros dos candidatos vão fazer de tudo para "vendê-los" da melhor forma possível nas redes sociais. "Eles trabalham muito com o 'estouro da boiada'. É uma lógica do marketing. Para eles, o que importa é o número de curtidas e não se isso vai acabar em votos", argumenta. "Se perceberem que o adversário está usando (a internet na campanha), com certeza vão atrás de fazer o mesmo", completa.
A campanha política, de acordo com Cervi, passa diretamente pela "desconstrução da imagem do candidato adversário". "Não tem como avançar se o seu adversário não regredir. Agora, quais são os limites para isso? Só a Justiça Eleitoral vai dizer...", conclui.
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