Segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil é a
sexta economia mais rica do mundo. No entanto, 57 milhões de pessoas vivem em
estado de pobreza, ou seja, sobrevivem com meio salário mínimo.
O
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida resumida para avaliar o
progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano:
uma vida longa e saudável, acesso ao conhecimento e um padrão decente de vida.
O
Brasil permanece no grupo dos países considerados como de (ADH) Alto
Desenvolvimento Humano. A série histórica do (IDH) para o Brasil revela uma
retrospectiva positiva a médio e a longo prazos.
O objetivo da
economia não deveria ser o ganho mas sim o bem-estar de toda a população. O
crescimento econômico não é um fim em si mesmo, mas um meio para dar vida a sociedades
humanas e justas.
Lendo uma matéria
sobre economia, achei muito interessante a frase de Robert F. Kennedy: ”o PIB inclui tudo; exceto o que faz a vida
valer a pena”.
É
inquestionável que o Brasil tirou milhões de brasileiros da extrema pobreza,
mas em que condições? É aceitável definir a pobreza a partir de uma quantidade
de números que coloca o ser humano em condições de estatísticas? Trata-se da superação
efetiva das necessidades básicas ou apenas evitar a morte pela fome?
Pois
bem. Diante desses dados uma questão se impõe como pertinente: o crescimento
econômico em si não resolve a questão da desigualdade social. Crescer
economicamente não significa que a vida das pessoas mais necessitadas irá
melhorar, embora seja o crescimento da economia um fator benéfico no conjunto
das opções a favor da busca de bem-estar.
Por
que somos tão desiguais? Quero enfatizar
apenas uma questão: Somos desiguais em mais de 500 anos de história econômica e
política, pois nossas políticas econômicas são desenhadas apenas para fazer a
riqueza subir, e não para eliminar os focos de pobreza.
Brasil,
um país paradoxal: rico com uma triste e dramática pobreza vinculada a um
elevado grau de desigualdade.
O
IDH apenas reforça esse lado paradoxal quando nos aponta como sendo uma nação
de Alto Desenvolvimento Humano.
Como
solução, só vamos diminuir essa desigualdade e eliminar os focos de pobreza
quando a economia for direcionada para produzir aquilo tudo que elimina o
estado de pobreza, ou seja, escola pública de qualidade, saúde pública
confiável, saneamento básico, enfim, permitir com que cada brasileiro carente
tenha dignidade em sustentar sua família com o trabalho, possibilitando comprar
o necessário para sobrevivência. Quando isso acontecer, aí sim poderemos nos
considerar um país de Alto Desenvolvimento Humano.
LEONIR M GARBUGIO BELASQUE - Advogada e
Vereadora
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