Jornal O Repórter Regional

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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

relatorio mostra numero de jornalistas mortos e perseguidos em 2014 no Brasil

Relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), aponta que 129 jornalistas sofreram algum tipo de violência no Brasil em 2014. Segundo o relatório, foram três assassinatos, um caso a mais do que os registrados em 2013. O relatório da Fenaj mostra que a maioria das mortes foi registrada no estado do Rio, com dois casos.
Entre os casos está o do repórter cinematográfico Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, morto após ser atingido por um explosivo, durante uma manifestação no Centro do Rio. Os dois réus,  Caio Silva de Souza e Fábio Raposo vão a júri popular. O julgamento ainda não tem data marcada.
A outra morte ocorreu em Miguel Pereira, município no Centro-Sul do estado. Em fevereiro do ano passado, Pedro Palma, dono e único repórter do jornal Panorama Regional foi assassinado com três tiros, na porta de sua casa. Ele fazia  denúncias de corrupção, contra políticos do sul fluminense.
A mulher de Pedro Palma acompanhou a divulgação do relatório nesta quinta-feira ( 22), na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio. Ela cobrou justiça. "Vai fazer um ano, ele tá virando uma estatística. Então o que é que vai colaborar daqui pra frente para toda a categoria? Ele foi assassinado na porta da minha casa e eu não ter resposta nenhuma? então a gente tá lutando é por justiça", disse.
O relatório revela ainda  que houve uma queda de 30% no número de agressões contra os profissionais de imprensa no ano passado. Em 2013, foram 181 casos contra os 124 registrados no ano passado.

Os dados mostram que a Região Sudeste concentrou mais da metade das agressões. A grande maioria dos casos ocorreu nos protestos nas ruas. São Paulo e Rio de Janeiro foram os estados que mais tiveram jornalistas feridos. Segundo o relatório, a maior parte da violência partiu de policiais. Em seguida, dos manifestantes, políticos e assessores.
Para o presidente da FENAJ, Celso Augusto Schroder, as agressões que vitimam os jornalistas devem ser cobradas. "Isto é um primeiro passo que nós temos que fazer. Identificar efetivamente, fazer processos eficientes, e cobrar que os processos judiciais apurem. Por isso uma federalização de investigação seria importante, ou seja, nos locais que isso não for feito, seja qual for a razão, seria importante que pudessemos estimular um setor nacional, federal que pudesse concluir essas investigações".

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