Jornal O Repórter Regional

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sexta-feira, 6 de março de 2015

Greves- Após debate, Lions e Unijore divulgam manifesto


Organizadores do debate querem oferecer sugestões às partes conflitantes



*Assessoria
Fotos: Tamyres Schemberg


Jornalistas e escritores que integram a Unijore e sócios do Lions Clube de Maringá Cidade Canção, elaboraram em conjunto um documento mostrando a preocupação com os desfechos ainda imprevisíveis relacionadas a onda de greves no Paraná. O documento foi elaborado após o debate realizado na noite do último dia 3, na sede do Lions, reunindo algumas das lideranças de setores onde a crise foi mais aguda, no caso a APP Sindicato (professores) e Apras (Supermercados)., que através de seus representantes, colocaram um cenário ainda preocupante em relação aos movimentos grevistas.


Durante o debate havia uma expectativa de que a greve dos professores teria um desfecho conciliador na assembleia geral realizada nesta quarta-feira pela APP Sindicato. No entanto os professores da rede estadual de ensino optaram, por unanimidade, a manutenção do movimento paredista. Na reunião, mesmos setores que diminuíram os movimentos grevistas, como os caminhoneiros, não estavam convencidos que a situação voltaria a sua total normalidade. Diante desse cenário, a Unijore e o Lions redigiram o seguinte documento:

                      Manifesto à população

O Lions Clube de Maringá Cidade Canção e a União dos Jornalistas e Escritores (Unijore), CUT, vêm a público manifestar a preocupação com os rumos dos movimentos grevistas no Paraná. Embora com menos intensidade em alguns setores descontentes, ainda persistem focos de resistência no setor de transportes, considerado vital para o setor de abastecimentos dos derivados do petróleo e dos supermercados.

No debate, foi possível saber que, não havendo possibilidade em atender a todas as reivindicações dos caminhoneiros, seria viável adotar, de imediato, duas reivindicações básicas do setor: diminuir o preço do óleo diesel e as tarifas de pedágio, que tornariam menos sofrida a vida dos caminhoneiros. Seriam medidas preventivas emergenciais para que os abastecimentos voltassem à normalidade.

Em relação à manutenção da greve das/dos educadores e educadoras do estado do Paraná, organizada pela APP – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, adotada em assembleia neste dia 4 em Curitiba, as duas instituições organizadoras do debate sugerem que governo do Paraná encontre mecanismos, existentes no sistema gestor público, para novas propostas conciliadoras.

A greve, que teve início no dia 7 de fevereiro, paralisou toda a estrutura educacional do Paraná prejudicando milhares de estudantes. 
As lideranças reunidas defendem que o acesso a educação pública é um direito fundamental a que todas e todos devem ter acesso. Por outro lado, entendem também as dificuldades do governo estadual em sanar o déficit público, mas pede reflexão em não penalizar de forma tão explícita os professores e sugerem que a contenção de gastos seja menos traumática para a educação. 

Finalmente, o Lions e a Unijore se colocam a disposição das partes em conflito para enviar uma comissão a Curitiba levando várias sugestões que poderão  ser adotadas parcial ou totalmente nas decisões que todo o Paraná espera para resolver os conflitos de interesses.
Maringá, 04 de março de 2015
Lions Clube de Maringá Cidade Canção
União dos Jornalistas e Escritores-Unijore

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