Jornal O Repórter Regional

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quarta-feira, 27 de abril de 2016

União Brasileira de Escritores - UBE - pede ao Tribunal Penal Internacional de Haia a abertura de um processo de investigação criminal contra Jair Bolsonaro



São Paulo, 27 de abril de 2016 - A UBE - União Brasileira de Escritores solicitou hoje  ao Tribunal Penal Internacional sediado em Haia, nos Países Baixos, que tenha início a investigação criminal proprio motu por crimes contra a Humanidade, contra o  deputado federal Jair Messias Bolsonaro.

Bolsonaro elogiou um dos mais notórios torturadores da ditadura militar, no dia da votação (17/04/16)  sobre o processo de destituição da presidente Dilma Roussef, transmitida ao vivo em rede nacional.

Disse ele na ocasião: "Nesse dia de glória para o povo brasileiro tem um nome que entrará para a história nessa data, pela forma como conduziu os trabalhos nessa casa. Parabéns, presidente Eduardo Cunha. Perderam em 1964. Perderam agora em 2016. Pela família e pela inocência das crianças em sala de aula que o PT nunca teve (sic!), contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo Exército de Caxias, pelas nossas Forças Armadas, por um Brasil acima de tudo e por Deus acima de todos, o meu voto é sim."

A União Brasileira de Escritores (UBE) entende que, pela homenagem ao coronel Ustra, e, por extensão, às suas obras e ações voltadas à prática da tortura, o deputado Jair Bolsonaro é um apologista evidente do crime de tortura.

"Essa conduta de Jair Bolsonaro representa o ato desumano de infligir dor intencional e sofrimento mental sobre as vítimas do coronel Ustra e aos membros da família dessas vítimas, assim como a toda a  comunidade brasileira" comentou o presidente da UBE, Durval de Noronha Goyos.

Segundo Noronha, tal conduta deve ser qualificada como crime contra a Humanidade pelo qual o deputado Jair  Bolsonaro deve ser investigado e chamado a prestar contas ao Tribunal de Haia. Segundo a nota, além de ser apologista implacável do regime militar, Bolsonaro se auto declara preconceituoso, racista, homofóbico e opositor aos direitos indígenas e homossexuais, bem como um debochado proponente de um sistema de quotas para congressistas negros.  

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