Com doze
dias de programação, mais uma vez a exposição agropecuária alcançou excelentes
números em negócios, pecuária e visitação
A 46ª edição da Exposição Feira Agropecuária, Industrial
e Comercial de Maringá, realizada de 3 a 14 de maio, atingiu R$ 569.276 milhões,
em negócios gerados e prospectados, e um número de 625.641 visitantes. Com um
dia a mais de programação, este ano, a feira ultrapassou a expectativa dos
organizadores, crescendo 25% em volume financeiro e 10% em público, no
comparativo com 2017.
No balanço apresentado nesta quarta-feira (23), pela
Diretoria da Sociedade Rural de Maringá, a presidente da entidade, Maria
Iraclézia de Araújo, observou que a Expoingá 2018 foi também uma das melhores
da história no tocante a apresentação de genética animal, difusão de
conhecimentos, novas tecnologias, inovação, intercâmbio entre produtores e
diversidade de produtos.
A feira foi “robusta”, na avaliação dos organizadores.
Além das novidades para o público, como a Feiarte, que trouxe artesanato de 12
países, 32 shows com artistas nacionais, na Arena Coberta e Barraca
Universitária, o segmento de indústria e comércio contou com a presença de sete
revendas de automóveis, seis de máquinas e implementos agrícolas, as principais
cooperativas da região e o respaldo de quatro instituições financeiras (Banco
do Brasil, BRDE, Caixa Econômica e Sicredi), que deram suporte aos negócios.
Com a participação de 1.386 expositores, a feira abriu espaço
para o desenvolvimento de tecnologias do agro, com o I Hackathon Inova Agro,
debateu temas relevantes, como a expansão da ILPF (Integração
Lavoura-Pecuária-Floresta) no País, o futuro do agronegócio, as exportações e a
participação feminina no segmento. No total, foram realizados 146 eventos,
incluindo encontros, seminários, fóruns, debates, workshops, cursos e oficinas,
atingindo diversos públicos.
Pecuária
Na pecuária os
números foram recordes. Um total de 9.620 animais, entre bovinos, ovinos,
caprinos, equinos, suínos, asininos e pequenos animais, com 87 raças, estiveram
em exposição, provas, julgamentos e leilões. Raças estreantes chamaram a
atenção, como o Devon, entre os bovinos, e o Laucaune, Bergamácia, Crioula,
Corriedale e Romney Marsh, entre os ovinos.
A ovinocultura que já
havia sido destaque em 2017, com aproximadamente 600 animais, superou as
expectativas. Neste ano, foram mais de 900 animais, dois julgamentos nacionais
de raças (Sufollk e Naturalmente Coloridos) e 21 raças presentes. A Feira contou ainda com o Julgamento
Nacional do Nelore Mocho e a participação de uma das principais criadoras do
país, a pecuarista Dalila Cleopath de Moraes Toledo, do estado de São Paulo,
que foi homenageada pelo desenvolvimento genético de seus rebanhos.
Genética
de padrão internacional
A estreia do gado Devon reuniu animais do mais alto
padrão genético e atingiu os objetivos dos realizadores da mostra. A análise é
dos diretores da Associação
Brasileira de Criadores da raça (ABCD) e do juiz responsável por avaliar o
rebanho.
Elizabeth
Obino Cirne-Lima, presidente da ABCD, disse que o sentimento foi de “dever
cumprido”. “Conversamos com criadores de outras raças. Mostramos o potencial do
Devon e esperamos voltar em 2019”, comentou. O diretor-técnico da ABCD e juiz
da prova, o médico-veterinário Lucas Teixeira Hax, disse que os animais
trazidos à Expoingá são exemplares de ponta. “Reprodutores e ventres, capazes
de serem e de gerarem campeões”, declarou.
No julgamento do Nelore, o zootecnista Fábio Eduardo
Ferreira, de Cuiabá (MT), responsável por avaliar o rebanho, afirmou que o
rebanho presente na Expoingá 2018 foi de boa qualidade e demonstra que o
investimento dos pecuaristas tem sido bem feito. “A tecnologia facilitou o
acesso a embriões e sêmen. Assim, vemos um avanço considerável na melhoria
genética desses animais”, frisou
Equinos
Os cavalos Quarto de
Milha que participaram da prova, organizada pela Liga Nacional do Cavalo de
Conformação (LINCC), têm condições de competir em “pé de igualdade” nos
principais eventos do gênero realizados nos Estados Unidos. A análise foi da
juíza, Cindy Hale, credenciada pela Associação Americana do Cavalo Quarto de
Milha (AQHA, na sigla em inglês).
Da cidade de
Perryton, no Estado do Texas, a norte-americana apontou as características
raciais, o tamanho, o equilíbrio na estrutura, e o grau de musculatura como os
pontos fortes da tropa apresentada na 46ª Expoingá. “Muito bom ver que os
criadores aproveitam, muito bem, os recursos atuais na melhoria genética do
plantel deles”, ressaltou.
Entretenimento
e diversão
Já na área de entretenimento e diversão, além do Museu do
Videogame, que repetiu o sucesso de público de 2017, o parque de diversões foi
um dos locais mais visitados. O diretor do Yupie Park, Célio Borges, disse que
a movimentação foi a melhor dos últimos seis anos.
A solidariedade das pessoas que visitaram a feira foi
marcante. Mais de 60 toneladas de alimentos e 46.150 itens de higiene pessoal e
agasalhos foram doados nos dias de portões abertos e irão beneficiar a milhares
de pessoas atendidas em instituições assistenciais de Maringá e cidades
vizinhas.
Números
da Expoingá 2018
Visitantes
|
625.641
|
Negócios
gerados e prospectados
|
R$
569.276
milhões
|
Expositores
|
1.386
|
Animais
expostos e comercializados
|
9.620
|
Raças
|
87
|
Excursões
atendidas
|
449
|
Apresentações
culturais
|
86
|
Eventos
(palestras, fóruns, seminários, cursos, debates e oficinas)
|
146
|
Arrecadação
de alimentos – Parceria com a Prefeitura e Provopar
|
60
ton.
|
Arrecadação
de produtos de higiene pessoal e agasalhos – Parceria com a Arquidiocese de
Maringá
|
46.150
|
Shows
|
TOTAL – 32
11 na Arena Coberta
21 na Barraca Universitária
|
Montaria
em touros
|
3
dias
|
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