Aplausos, sorrisos e lágrimas, tudo emoção e alegria. João Paulo II, o polonês Karol Wojtyla que governou a Igreja Católica por mais de 26 anos, de 1978 a 2005, virou beato às 10h38 (5h38 no horário do Brasil, quando seu sucessor e amigo, o papa Bento XVI pronunciou a fórmula da beatificação. 'Com a nossa autoridade, concedemos que o venerável servo de Deus João Paulo II seja chamado de beato e que se possa celebrar a sua festa todos os anos, no dia 22 de outubro, nos lugares e conforme as regras estabelecidas pelo direito', disse Bento XVI, em latim, atendendo a um pedido do cardeal Agostino Vallini, vigário geral para a diocese de Roma.
Seguiram-se oito minutos de palmas, enquanto um coral repetia, com a multidão, três vezes 'Amen'. Na janela principal da fachada da Basílica de São Pedro, uma cortina correu devagar para mostrar um rosto sorridente e ainda cheio de juventude de João Paulo II, com uma auréola de santo aplicada em fundo de céu azul. A freira francesa Marie Simon Pierre, beneficiada pelo milagre aprovado para a beatificação, depositou junto do altar uma relíquia de seu benfeitor - uma ampola com sangue colhido no hospital, em seus últimos de vida.
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