Jornal O Repórter Regional

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Nota de desagravo

Tenho acompanhado com muita preocupação nos últimos dias a repercussão do caso que envolve o ex- prefeito de Realeza e ex-assessor do governo federal. Os fatos e a gravidade dos crimes imputados a ele, que se tornaram públicos e que motivam a Justiça a determinar a prisão do acusado, exigem apuração rigorosa e punição exemplar.
Entretanto, não podemos silenciar diante da forma oportunista com que adversários políticos do governo vêm explorando o caso, na tentativa de responsabilizar a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, buscando a todo custo manchar sua imagem de mulher pública e macular sua trajetória política.
 Os compromissos institucionais pactuados no enfrentamento à violência contra a mulher e no combate ao tráfico de pessoas e à exploração sexual de crianças e adolescentes sinalizam a posição clara do governo federal de tolerância zero com relação a esses crimes. Há mais de dez anos, com a criação da Secretaria de Políticas Para Mulheres (SPM) da Presidência da República, a União tomou para si a tarefa de estabelecer políticas permanentes e efetivas de superação da desigualdade de gênero. Isso é fato incontestável!
A história e trajetória política de Gleisi Hoffmann se traduzem nesses compromissos. Reforçam a luta popular, a equidade de gênero e a defesa intransigente das bandeiras da emancipação e da valorização das mulheres, contra o preconceito, o machismo e a histórica discriminação de mulheres e meninas. Quando diretora financeira da Itaipu Binacional, Gleisi foi responsável pela implantação de um grande programa de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes na região da Tríplice Fronteira. Esse programa envolveu a construção de casas abrigo às mulheres vítimas de violência e abriu as portas do Hospital Costa Cavalcanti em Foz do Iguaçu para o atendimento humanizado das vítimas de violência sexual. Além de todo o empenho pessoal de Gleisi na instalação em 2004 do Núcleo de Proteção às Crianças e aos Adolescentes Vítimas de Crime (NUCRIA) de Foz do Iguaçu.
Merecem repúdio as manobras de desconstrução da imagem da mulher, ministra e ocupante de um dos postos mais importantes no comando da Nação, que denotam preconceito de gênero, desrespeito, ódio e machismo e que motivam os mais diversos retrocessos e injustiças sociais. O que está por trás dos ataques à ministra? A preocupação em punir os crimes que recaem sobre o ex-prefeito, com a qual concordamos plenamente? Ou estão sendo motivados por interesses e proveitos próprios das disputas eleitorais?
Reafirmo a manifestação de apoio à pessoa da ministra Gleisi, por conhecê-la, saber do seu caráter de mulher, de mãe responsável e zelosa, sua história, trajetória política, seu trabalho e seu compromisso com o desenvolvimento humano e social do nosso País. Tenho convicção que nossa indignação diante desses fatos é também a dela e que as mesmas exigências que fazemos de apuração rigorosa e punição exemplar do caso têm concordância expressa na posição da ministra Gleisi.

Roseli Isidoro
Secretária Municipal da Mulher de Curitiba

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