Jornal O Repórter Regional

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segunda-feira, 24 de março de 2014

Caso Patrícia Acioli: "Para os juízes do Rio de Janeiro e do Brasil, foi feita a justiça"


Tenente-coronel é condenado a 36 anos de prisão por morte de juíza

O tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira foi condenado, na madrugada desta sexta-feira, dia 21, no 3º Tribunal do Júri de Niterói, no Rio de Janeiro, a 36 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli, ocorrido em agosto de 2011. Para o juiz Rossidélio Lopes, presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), a decisão do júri faz justiça.

"A Amaerj entendeu que foi reconhecida a participação do tenente-coronel como mandante do crime, acolhendo integralmente a denúncia. Embora nada traga a vida da Patrícia Acioli de volta, a repercussão jurídica foi extremamente satisfatória com a condenação de 36 anos. Para os juízes do Rio de Janeiro e do Brasil, foi feita a justiça", afirmou o presidente da Amaerj.

Segundo o juiz Fabiano Reis dos Santos, o julgamento transcorreu com normalidade, em um ambiente sereno. "Os jurados estavam compenetrados e o julgamento refletiu o que foi colhido na prova dos autos. Não foi um julgamento de emoção, mas sim daquilo que se conseguiu provar. O resultado foi o reflexo do que a investigação concluiu e o que o Ministério Público conseguiu provar", disse o magistrado de Niterói.

O tenente-coronel era comandante do 7º BPM (Alcântara), em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, na época do assassinato de Patrícia Acioli. A decisão determinou também, como efeito da condenação, na forma do artigo 92 do Código Penal, a perda da função pública do réu.

Com a condenação de Cláudio Luiz, sete PMs já foram condenados pelo assassinato da magistrada. Os outros seis foram: Daniel Benitez (36 anos), Carlos Adílio Maciel dos Santos (19 anos e 6 meses), Jefferson de Araujo Miranda (26 anos), Jovanis Falcão (25 anos e 6 meses), Junior Cezar de Medeiros (22 anos e 6 meses) e Sérgio Costa Júnior (21 anos). Mais quatro réus serão julgados em 3 de abril.

Assessoria de Imprensa Amaerj

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